era uma vez...

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domingo, 27 de maio de 2012

Direito a Brincar

1. As crianças têm o direito de brincar todos os dias.
Na escola, entre as aulas e ao longo delas (sempre que o professor for capaz de por brincar a rimar com aprender). Em casa e ao ar livre - no quarto como no parque- sob o olhar discreto dos pais. Brincar só no fim de semana não é brincar: é por uma agenda no lugar do coração.



2. As crianças têm direito a exigir o brincar como o principal de todos os deveres.

As crianças têm o direito a defender a primazia do brincar sobre todas as tarefas. A fórmula "primeiro fazes os deveres e , depois brincas" tão do agrado dos pais é proibida! Só depois do brincar vem o trabalho.







3.As crianças têm direito a unir brincar com aprender.

Brincar é o "aparelho digestivo" do pensamento. Liga a imaginação com tudo o que se aprende. Quem não brinca imita, repete, fabula, falseia ou finge. Mas zanga-se, sem redenção com o aprender!




4. As crianças têm direito a não saber brincar.

Brincar é uma sabedoria que não se detém: inventa-se, descobre-se, desvenda-se. Brincar é confiar: no desconhecido, no que se brinca, com quem se brinca. crianças sossegadinhas são brinquedos à espera de pais para brincar.




5. As crianças têm direito a descobrir que os melhores brinquedos são os pais.
Apesar disso, têm o direito a requisitar tudo o que entendam para brincar. Têm direito a brincar com almofadas, com caixas de cartão, com os dedos e com tudo mais que e entendam, por mais que sejam ou não objectos convencionados para brincar. Tudo aquilo que não serve para brincar não prestar para descobrir e com brinquedos de mais brinca-se menos.





6. As crianças têm o direito a desarrumar todos os brinquedos...
(e a arrumá-los, de seguida, com um toque... pessoal). Têm direito a desmanchar os que forem mais misteriosos, mais rezingões ou, até, os divertidos. Quanto brincam, têm direitos a ter a vista na ponta dos dedos, a cheirar, a sentir, a falar, a rir ou a chorar. Não há, por isso, brinquedos maus. A não ser aqueles que servem para afastar as pessoas com quem se pode brincar.


7. As crianças têm direito a brincar para sempre.
A Infância nunca morre; apenas adormece. E quem crescimento fora se desencontrar do brincar, não perceberá jamais, que não há crianças se não houver brincar.
Eduardo Sá.


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